Um antigo texto de 2011.
A porta foi fechada e aprisionados os ecos da memória que inda ressoam na voz do velho. A guitarra geme com o passar do vento e faz chorar os olhos das avozinhas do parque e o cheiro da comida já preparada paira no ar da pequena cidade. Ao longe a igreja que se fez nova para oferecer espaço à geração recente, faz lembrar alguns anos passados e o enorme caminho de terra que agora é apenas alcatrão constantemente pisado. A terra emana o fruto do outrora árduo trabalho dos nossos antecessores e transforma-se em raios de sol guardados na algibeira da lembrança. No muro duas crianças sentadas a conversarem, fazem o seu jogo de cores, alegres olham a rua.

Por vezes é assim, quando se fecha uma porta restam-nos os ecos...
ResponderEliminarbjins