Quando a noite vai descendo ternamente sobre o lar e cobre de mansinho todas as nossas preocupações, alguém se encarrega de alertar que é hora de deitar. E ainda que a televisão convide a uns momentos a sós no sofá da sala, a voz do relógio persiste em dizer que o dia terminou e que a noite foi feita tão somente para descansar das durezas do quotidiano. Vou lentamente em direcção ao quarto e à cama que não quero e sinto que despacho as orações para cair num estado de corrida acelerada de pensamentos aleatórios. Desejo o amanhã intensamente porque não tenho fadigas para descansar e a escuridão é um caminho frustrante para quem apetece a alvura, a pureza das manhãs frescas.
E quando se está no silêncio da noite, em que nem sequer os bichos querem palrar, ouve-se os relógios a trabalhar com mestria e a apontarem para o fim, pois em todas as horas se está algo terminando e principiando outro. A vida estende-se sem agilidade, porque não são dois dias e pode-se caminhar lentamente colhendo os frutos se é a sua estação.
Há tempo para longas reflexões e memórias esquecidas enquanto o sono não se quer pousar aqui, por causa de uma certa força que me impede de adormecer. Existe uma espécie de ternura nas paredes do quarto que me inunda o coração e me faz desejar levantar da cama e abrir a porta de casa a alguém que fale baixo e ria em silêncio. Talvez até chamar pelos cães para lhes amansar o pêlo felpudinho e ficar a contemplar a cidade na simplicidade da sua nudez.
Deixo-me estendida a ver de olhos fechados todas estas imagens que se repetem em mim e que são tão doces que chegam a doer. Antes do sono tenho vigor e as minhas ideias estão centradas, as coisas parecem consolidar-se e indicar para soluções gloriosas que me fazem confiar nos amanhãs. Mas a sonolência aproxima-se para me varrer todas as forças e fazer esquecer-me no meio dos cobertores ora mais pesados ora mais leves, conforme a época.
E quando chega a manhã jovem e bela na sua essência mais genuína quero ama-la tão intensamente que me perco nas suas venturas. Os dias correm sem muito rendimento, as forças ficam por se gastar. Quero começar e não sei como.
E quando chega a manhã jovem e bela na sua essência mais genuína quero ama-la tão intensamente que me perco nas suas venturas. Os dias correm sem muito rendimento, as forças ficam por se gastar. Quero começar e não sei como.
Ohn Meu Deus!!! Como te agradecer?!
ResponderEliminarObrigado mesmo. Essas palavras foram tão reconfortantes e estava a precisar tanto de as ouvir que nem imaginas <3
Tu escreves de uma forma brilhante e isso tem-me cativado imenso!
As mudanças são necessários para novos recomeços. Não temas <3
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Espero que saibas que mereces mesmo tudo de bom que estás a colher, dás-me inspiração para continuar com o meu blog e és já uma paragem habitual para mim na internet. ♥
EliminarFico muito feliz com as tuas visitas e é mesmo simpático da tua parte leres sempre tudo o que posto e comentares de forma interessada, muito obirgada Miguel! Obrigada também pelas palavras de incentivo! ♥.♥
Texto muito bonito, parabéns escreves muito bem
ResponderEliminarBeijinhos
Clara Dinis
docinhomorango7.blogspot.com
Muito obrigada pela visita e pelo elogio!
EliminarBeijinho!
A noite e os seus encantos!
ResponderEliminarBjxxx
Creio que é mesmo isso, Teresa!
EliminarObrigada pela visita!
A tua escrita é deliciosa!
ResponderEliminarLove, Marie Roget
Muito obrigada, Maria! ♡
EliminarÓtimo texto!
ResponderEliminarObrigada, Jaqueline! ♡
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