A Rosa trouxe-me rosas
E nada mais natural,
Mas eu prendas tão mimosas
É que não tenho, inda mal!
Quando tinha, se me desse,
Não digo mais que uma flor,
Talvez de flores lhe enchesse
Esses cofrinhos de amor!
Águas passadas, Rosinha!
Deixá-lo: veja se vê
Neste chão que já foi vinha
Coisa que ainda se dê;
Veja e escolha: está na mesa
O que há em casa... é tirar,
Tirar com toda a franqueza...
Que inda hão-de espinhos sobrar!
Mas se espinhos, mas se abrolhos
Lhe não agradam, amor!
Mire-se bem nos meus olhos...
Que há-de aí ver uma flor!
João de Deus

✿ E, assi, com devagar ternura sua, fora dada uma flor à Rosa ✿
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