Saio ao terraço, para ver o dia. Tarde de Sol e frio. Tarde
de Domingo.
Regresso novamente ao sofá. Repouso agora, que nada há para
fazer. Os dias agitados, terminam num Domingo sossegado. Não há preocupação que
me desperte desta apatia. Os cães ladram lá fora, no longínquo. As flores
procuram o Sol. As pessoas curvam-se para a televisão. Tudo em demasia calma,
tudo na ordem.
Eu, na minha tranquilidade relembro certos episódios, certos
rostos, certos sentimentos. E o relógio da igreja acaba de marcar três horas da
tarde. Talvez, não devesse estar na solidão, sentada no sofá a pensar, mas
talvez se eu cá não estivesse eu não seria como sou.
É estranho pensar, por quantos caminhos se pode vaguear
sentada de perna cruzada. Mas, eu agora penso na pessoa em que me tornei. Não
sou aquilo que outrora ambicionava ser, mas eu mudei e os meus objectivos
mudaram comigo. Eu satisfaço-me, eu sou a pessoa que quero. Estou numa busca
interior da felicidade, porque eu sei que não a encontrei em lado algum,
excepto dentro da minha alma. Mas é difícil! Enquanto não a alcanço ando de mãos
dadas com a tristeza e com a moleza.

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