"Meu caminho é por mim fora."

19/10/2025

Um universo inteiro


Foz do Douro, 24 de Agosto de 2025


Acabei de lanchar e fui ao terraço. Fiquei maravilhada... Estava um dia lindo, de céu azul e sol quentinho. Na rua passavam vários carros, alguns de um vermelho vivo o que conferia à paisagem um tom vibrante e dinâmico. No ar pairava um cheirinho delicioso de lanche.

Percebi que vivo muito dentro de casa, que é sombria, porque com menos luz. Aqui dentro de casa fico no meu mundo, e quando saí lá fora é como se me tivesse dado conta da minha pequenez num universo inteiro. Nesse momento de lucidez, descentralizei-me e respirei aliviada. 

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03/08/2025

entre um compromisso e outro









Sameiro, Penafiel, 20 de Junho de 2025

Estive no parque a fazer tempo entre um compromisso e outro. Tive a felicidade de estar sozinha quase o tempo todo e sentir-me livre de andar a explorar com a câmara na mão. Hoje encontro estas fotografias na minha galeria de imagens e são a memória mais importante desse dia. 
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07/06/2025

De volta a esta saudosa casa

Porto, 1 de Maio de 2025


Desde ontem, ao reabilitar este espaço, que sinto um ânimo renovado. Tinha saudades desta casa que abandonei por várias razões e nenhuma a certa. Com o tempo encontrei outros espaços nos quais me comunicar. Ultimamente tenho estado insatisfeita com todos eles. Em nenhum me sinto autenticamente livre para expressar ideias, sensações ou sentimentos aleatórios sem que tenha por consequência a indagação dos outros. Aqui sou eu, maioritariamente sem público, mas com a liberdade para a imaginação, criatividade e expressões passageiras. Volto com muita alegria para uma casa que é feita à minha medida. Venho partilhar coisas várias, pelo entusiasmo da ilusão de abrir ao mundo os meus gostos, pela vontade de me descobrir e me celebrar, pelo desejo de guardar memórias e registar a minha história. Aqui estou novamente sem me encaixotar, recear ou restringir, após um longo hiato. De volta a casa de onde o coração nunca saiu. 
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17/08/2016

Porto ⇄ Fátima

 O que restou de dois dias de viagem a Fátima, saindo cedo e chegando tarde. O que ficou pelo meio resume-se a um longo passeio de carrinha com os pais a fazerem constantes brincadeiras, muitas fotografias, momentos de oração, de reflexão e ainda de descobrimento de locais do país. Esforcei-me para recolher as mais belas fotografias dentro do que me é possível e ao pedir aos meus pais que me captassem no local visitado ora a fotografia ficava torta ora o ângulo não me favorecia de todo. Lamentável mais ainda foi a vontade da minha mãe de nos captar num enorme coração em Fátima, mas inviável, já que uma senhora se decidiu intrometer e passar a fazer parte de uma fotografia que deveria ser unicamente de mãe e filha. De qualquer dos modos, cá estamos e as fotografias foram o que restaram destes dois dias mais algumas recordações físicas e memórias abstractas. 

Interior do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha
Detalhe do exterior do Mosteiro da Batalha
Interior do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, Batalha
Fachada do Mosteiro da Batalha
Estátua de D. Nuno Álvares Pereira junto ao Mosteiro da Batalha
Santuário de Fátima
Detalhe da Basílica da Nossa Senhora do Rosário de Fátima
Vista da entrada da basílica da Santíssima Trindade
Exposição "Terra e Céu - Peregrinos e Santos de Fátima"
Capela do Santíssimo Sacramento, Fátima
Vista do Santuário de Fátima pelas costas de São João Paulo II
Detalhe de Aljustrel
Loca do Cabeço
Vista de cima do Calvário Húngaro
Igreja Paroquial de Fátima
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03/02/2016

Esperanças novas








Na cidade grande com uma companhia específica e necessária, as duas num dia de Sol. Eu deveria estar de manga curta por causa da sequência da ideia e devido ao céu azul e à sensação de dias de Verão das imagens, mas já não me recordo. Estive tão atarefada em tirar fotografias a tudo o que via que agora elas não me importam para nada e estão perdidas algures onde a minha memória também já se esqueceu. Foi uma jornada quente, porém. E guardo umas lembranças soltas desse dia, de tal forma que as ordenando podia refazer todo o caminho. Mas não seria igual e já não posso pôr-me da mesma forma como estava, porque já esqueci, pois não me retratei. Se os locais continuam os mesmos e eu posso voltar a pisa-los na mesma ordem com que na primeira vez, para que me serve ir se ao menos eu não sei como era mais nessa altura? Não posso sentir o mesmo nunca mais. Quais seriam os sapatos que teria calçado nesse dia? Será que tinha escolhido a camisola da cruz? Já não importa mais e com certeza que ninguém naquele dia terá guardado a minha imagem nos olhos. Fiquei eu com essas figuras de monumentos altos que parecem engolir-nos e vi-os dias e dias seguidos na solidão das ruas e não mais o regozijo foi o mesmo. A esperança dissipou-se rapidamente e o encanto foi-se com o passar dos primeiros tempos de modo que tudo se tornou um esforço. As horas demoram excessivamente tanto a passarem e todos os meus passos foram horríveis e trágicos, sem a consolação da quietude e dos grandes campos que dão vigor a quem os contempla. Todavia preciso de estar onde é necessário e o Inverno logo dará lugar a tempos de mais Sol novamente. Que nasçam em mim esperanças novas! 
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18/10/2015

Plana alto sobre a minha cabeça


Tudo o que se desgasta dói mais nos segundos dias, têm-me acautelado em situações várias, mas os dias correm tão indiferentes que não choram os pássaros pelas nossas desgraças, nem esmorecem os outros por caridade. Estão as cousas tão voltadas para si mesmas que não passa o Sol pelas cortinas de minha casa, e não me aquece o coração desnudo. Estou bem, contudo, numa ténue harmonia, numa neutralidade doce e aprazível, porque é Setembro, o mês das cousas difíceis e toda a folia está já gasta. Encetam novos sossegos dentro de mim agora que a luz principia a arrefecer-se muito suavemente. Tenho miragens a brilharem-me nos olhos e oásis a doirar-me os desertos de dentro, quero dar-lhes a todos o teu nome.
Sinto saudades da tua voz a dizer o que nunca ouvi, e de sentir a força que te corre dentro como o mar que bate robusto nos rochedos e ecoa numa melodia tão natural e admirável. Mas reconheço que não te sei mais do que te imagino e fico-me a admirar de longe como astrónomo vigiando o Cosmos todas as noites através da sua vida. Tenho dentro de mim uma ansiedade, uma inquieta vontade de conhecer profundamente o que rodeia todos os meus passos fechados e tão voltados para o que já se deu a conhecer. Creio e desejo um acaso que quebre com a rotina e me encaminhe para os teus atalhos para que possa caminhar nos mesmos carreiros que tu e guardar no fundo dos olhos as mesmas visões que te ficarão presas para sempre na alma. Concede-me a graça da tua honesta amizade, da tua terna companhia e das tuas deleitosas palavras. És um pássaro majestoso que plana alto sobre a minha cabeça, quero fazer-te um ninho no meu coração. Deita-te no colo da minha ternura quando as preocupações transbordarem os seus limites ou quando o dia de tão feliz que vá corrido estejas cansado de o sentir. Concede-me tudo quanto és e verás florir nos meus olhos as tuas belezas.
Mas passas ao de largo ignorando que no meu peito cresce incessantemente um amor doce por todos os teus gestos, uma afeição desmedida pelo teu sorriso e pelas palavras que te vêm do profundo íntimo. Tenho carinho pela tua imagem e venho com ela gravada em mim ao longo dos dias como um ícone a quem se presta veneração e vai buscar forças. E o brilho que vem ardendo nos teus olhos inflama o meu coração e faz querer mais desse remédio que me cura as tristezas. Ainda que me venhas visitar  agora tão raramente nos meus sonhos desejo sempre a visão do teu rosto e a alegria que vem depois dela.
Toca no teu coração e sente o meu pulsando em uníssono, tenho a alma a acompanhar-te em cada caminho que encetas e estou longe a querer-me perto, onde a imaginação se converteria em sensações e memórias em sorrisos e felicidades eternas.

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14/09/2015

Museu Nacional de Soares dos Reis

Por dentro da fachada bonita um interior de ouro.

Vista de dentro do M. N. Soares dos Reis

Mártir Cristão, Joaquim Vitorino Ribeiro
Vista por uma das janelas do Museu

Auto-retrato, José Tagarro

Detalhe do jardim do Museu Soares dos Reis
Firmino, António Soares dos Reis
São José, António Soares dos Reis 
Vista detrás da escultura Conde Ferreira
Detalhe da escultura Conde Ferreira, António Soares dos Reis


Guarnição de corpete

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31/08/2015

Debaixo da Lua


Quando a noite vai descendo ternamente sobre o lar e cobre de mansinho todas as nossas preocupações, alguém se encarrega de alertar que é hora de deitar. E ainda que a televisão convide a uns momentos a sós no sofá da sala, a voz do relógio persiste em dizer que o dia terminou e que a noite foi feita tão somente para descansar das durezas do quotidiano. Vou lentamente em direcção ao quarto e à cama que não quero e sinto que despacho as orações para cair num estado de corrida acelerada de pensamentos aleatórios. Desejo o amanhã intensamente porque não tenho fadigas para descansar e a escuridão é um caminho frustrante para quem apetece a alvura, a pureza das manhãs frescas. 
E quando se está no silêncio da noite, em que nem sequer os bichos querem palrar, ouve-se os relógios a trabalhar com mestria e a apontarem para  o fim, pois em  todas as horas se está algo terminando e principiando outro. A vida estende-se sem agilidade, porque não são dois dias e pode-se caminhar lentamente colhendo os frutos se é a sua estação.  
Há tempo para longas reflexões e memórias esquecidas enquanto o sono não se quer pousar aqui, por causa de uma certa força que me impede de adormecer. Existe uma espécie de ternura nas paredes do quarto que me inunda o coração e me faz desejar levantar da cama e abrir a porta de casa a alguém que fale baixo e ria em silêncio. Talvez até chamar pelos cães para lhes amansar o pêlo felpudinho e ficar a contemplar a cidade na simplicidade da sua nudez. 
Deixo-me estendida a ver de olhos fechados todas estas imagens que se repetem em mim e que são tão doces que chegam a doer. Antes do sono tenho vigor e as minhas ideias estão centradas, as coisas parecem consolidar-se e indicar para soluções gloriosas que me fazem confiar nos amanhãs. Mas a sonolência aproxima-se para me varrer todas as forças e fazer esquecer-me no meio dos cobertores ora mais pesados ora mais leves, conforme a época.
E quando chega a manhã jovem e bela na sua essência mais genuína quero ama-la tão intensamente que me perco nas suas venturas. Os dias correm sem muito rendimento, as forças ficam por se gastar. Quero começar e não sei como. 
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"Meu caminho é por mim fora."

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